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Conheça as Terapias Sonoras para Pessoas com Demência

Marco Aurélio Gomes Veado

2 min read

March 19, 2025

A demência é o conjunto de doenças cognitivas ou condição neurológica progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento. Embora ainda não exista cura, pesquisadores e neurocientistas continuam explorando terapias alternativas para melhorar a função cognitiva e o bem-estar geral.

Uma abordagem promissora é a Terapia Sonora, ou seja, o uso de tons e vibrações específicas projetadas para estimular o cérebro, reduzir a agitação e controlar a demência ou até mesmo minimizar seus danos, dentro das possibilidades existentes.

Neste artigo, o MCI and Beyond explora a ciência por trás da terapia sonora, seus possíveis benefícios para pessoas com demência e como cuidadores podem integrá-la às rotinas diárias. A seguir, conheças algumas das terapias sonoras existentes e já adotadas com surpreendente êxito.

Image generated by AI (Freepik)

1. Sincronização de Ondas Cerebrais e Terapia Sonora

Certas frequências podem estimular diferentes estados das ondas cerebrais:

  • Ondas alfa (8–14 Hz): Promovem relaxamento e calma, podendo reduzir a ansiedade em pacientes com demência.
  • Ondas theta (4–8 Hz): Associadas ao relaxamento profundo, podem ajudar a melhorar o sono e o equilíbrio emocional.
  • Ondas gama (30–100 Hz): Ligadas à função cognitiva e à memória, com estudos emergentes sugerindo que podem ter um papel na desaceleração da neurodegeneração (por exemplo, terapia de 40 Hz).

2. Terapia de 40 Hz e Pesquisas sobre Alzheimer

Estudos recentes, incluindo pesquisas recentes desenvolvidas pelo MIT, investigaram o uso da estimulação auditiva e visual em 40 Hz para potencialmente eliminar placas amiloides no cérebro, um dos principais marcadores do Alzheimer.

3. Musicoterapia e Sons Familiares

  • Música personalizada: Ouvir músicas que trazem recordações evoca memórias positivas, melhora a comunicação e reduz a ansiedade.
  • Batidas binaurais: Utilizam frequências ligeiramente diferentes em cada ouvido para estimular a sincronização das ondas cerebrais ambos os hemisférios, além de promover o relaxamento.
  • Sons da natureza (chuva, ondas do mar, canto dos pássaros): Podem reduzir o estresse e criar uma sensação de conforto e paz mental e física.

4. Terapia de Som de Baixa Frequência e Vibração

A terapia vibroacústica (vibrações sonoras de baixa frequência) tem sido utilizada para promover relaxamento, melhorar o humor e estimular a circulação sanguínea em pacientes com demência. Sons de baixa frequência (30–60 Hz) também podem ter um efeito calmante em pessoas que apresentam agitação ou inquietação.

Aplicações Práticas

  • Música Clássica durante as refeições melhora o apetite e traz tranquilidade.
  • Sons de baixa frequência na hora de dormir pode ajudar a reduzir distúrbios do sono.
  • Engajar pacientes com músicas familiares de sua juventude pode despertar alegria e promover interação social.

Conclusão

A terapia sonora está emergindo como uma abordagem promissora e não invasiva para minimizar os males trazidos pela demência em larga escala. Embora mais estudos ainda sejam necessários para compreender completamente os efeitos da frequência sonora a longo prazo, os primeiros achados indicam que a incorporação dessa terapia nos cuidados diários pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e cuidadores.

Ao integrar essas terapias às rotinas diárias, familiares e profissionais de saúde podem encontrar novas formas de fortalecer a saúde cognitiva e o bem-estar emocional de pessoas afetadas pela demência.

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