Marco Aurélio Gomes Veado
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March 5, 2025
A demência afeta milhões de pessoas em todo o mundo e esse número vem aumentando exponencialmente. Embora muita atenção seja dada àqueles diagnosticados dentro do conforto de seus lares, uma parcela significativa e frequentemente negligenciada, luta contra essa condição nas ruas. Indivíduos em situação precária que vagam sem rumo, enfrentam desafios únicos ao lidar com a demência, o que leva a um ciclo de abandono e agravamento da doença.
Ciente dessa situação, a MCI and Beyond aborda esse sensível tema por saber que se trata de um lado da doença ainda pouco comentado e que merece mais atenção e, claro, ações efetivas. Leia mais.
Estudos recentes destacam a alta prevalência de demência entre a população que mora nas ruas. Uma pesquisa realizada em Ontário, no Canadá, revelou que essas pessoas têm 1,9 vezes mais chances de desenvolver demência em comparação com a população geral. Ainda mais alarmante, o início da demência nesse grupo ocorre em idades mais precoces, especialmente entre 55 e 64 anos, onde as taxas são quatro a cinco vezes maiores do que entre indivíduos da mesma faixa etária que possuem moradia fixa.
Identificar e tratar a demência na população sem moradia apresenta desafios complexos. A natureza transitória da vida nas ruas dificulta o acompanhamento médico e a manutenção de registros de saúde. Além disso, os sintomas cognitivos podem ser erroneamente atribuídos a transtornos mentais ou ao uso de substâncias, resultando em diagnóstico equivocado.
Sem uma rede de apoio constante, essas pessoas em condições de abandono, não contam com seus familiares, muito menos cuidadores que possam reconhecer os primeiros sinais da doença e encaminhá-las para atendimento médico.
O crescimento dessa relação entre falta de moradia e demência exige respostas políticas abrangentes e efetivas.
O acesso a abrigos ou instituições que oferecem permanente assistência às pessoas em situação de rua é essencial para prevenir e retardar a progressão da demência nesse grupo.
A demência entre a população sem moradia é uma crise urgente que demanda atenção imediata. Por ser pouco comentada, ainda vemos pouco apoio nesse sentido. Por isso, ao reconhecer e abordar os desafios enfrentados por esse grupo marginalizado, a sociedade pode dar passos significativos rumo a um cuidado mais inclusivo e humanizado.
A implementação de modelos de moradia assistida, o fortalecimento do diagnóstico precoce e a adaptação dos serviços de saúde são fundamentais para garantir que esses rostos esquecidos do declínio cognitivo recebam a dignidade e os cuidados que merecem.
Faça sua parte! Conduza essas pessoas a um abrigo. Elas precisam de atenção, respeito e cuidado. Vamos lutar juntos por essa causa!
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