Marco Aurélio Gomes Veado
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June 25, 2025
À medida que a Inteligência Artificial (IA) continua mudando a vida da sociedade em todos os setores, na área da saúde cognitiva não é diferente e a pergunta que surge é: Os robôs poderão - ou vão - substituir os “cuidadores humanos” de pessoas com demência? Exploramos essa polêmica no que toca à ética e aos costumes com o objetivo de promover uma transição menos impactante e que seja feita sem ultrapassar os limites do bom senso, sempre respeitando ritmo das mudanças e, claro, a integridade de quem cuida e de quem é cuidado.
Robôs integrados com inteligência artificial,podem ser tornar eficientes assistentes digitais e companheiros virtuais dos cuidadores de portadores de deficiência cognitiva.
Essas tecnologias ajudarão de várias formas como para lembretes, no monitoramento de segurança, na companhia constante e até no monitoramento de emoções. O famoso robô, conhecido como ElliQ e outros (como Paro e Grace), já são utilizados como cuidadores, auxiliando na interação do paciente e outras necessidades necessárias para o bem-estar pleno do paciente.
O fato é que essas revolucionárias novas ferramentas ajudam a não só aliviar a sobrecarga dos cuidadores, mas a preencherem diversas lacunas. Uma grande ideia será integrá-las nas comunidades com poucos recursos, ou seja, para ajudar as famílias que enfrentam o peso dos altos custos emocionais, físicos e financeiros no cuidado com a demência.
Em outras palavras, a inserção da IA nesses ambientes, certamente, vai oferecer uma esperança real a todas as camadas da sociedade e não somente aos que têm maior poder aquisitivo, como é atualmente. Contudo, sempre haverá um obstáculo a ser transposto.
A grande questão ética é se a IA poderá replicar ou substituir a empatia humana. Pessoas com demência precisam mais do que uma ajuda pragmática. Elas precisam de conexão emocional, segurança e um tratamento que não seja frio e rotineiro.
A IA, por mais avançada que seja, não sente compaixão. Os robôs com IA poderão até emular uma espécie de empatia a partir de respostas programadas de acordo com o paciente, mas jamais conseguirá substituir a presença humana autêntica.
No final das contas, cabe a pergunta-chave: “Devemos então considerar a IA como uma cuidadora idela ou como uma mera ferramenta moderna para aprimorar os cuidados oferecidos pelos cuidadores humanos?”.
O ideal seria defender a utilização da IA para aumentar a capacidade de apoio dos cuidadores humanos, não para substituí-los. Um assistente virtual pode lembrar um idoso de tomar a medicação, liberando o cuidador para oferecer atenção emocional e criativa. Essa sim, seria um parceria que respeita o potencial da tecnologia sem abrir mão da empatia humana.
Para garantir um uso ético da IA, será necessário cumprir esses pré-requisitos:
A IA pode transformar radicalmente o cuidado com a demência em termos positivos se, claro, for guiada por empatia e responsabilidade. Robôs podem ajudar, mas jamais substituir o toque humano.
No MCI and Beyond, acreditamos que o futuro dos cuidados está na colaboração entre pessoas e tecnologia será, com toda certeza, uma parceria que ir fortalecer os padrões moraís e éticos da humanidade, se essa parceria for monitorada com responsabilidae e comprometimento.
Pode soar como utopia, mas não é. Basta querer, porque a maioria das pessoas de bem quer. E neste mundo ainda temos mais pessoas de bem, do que o contrário.
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